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Neutralidade de Carbono x Net Zero CO₂
Abril 4, 2023 smartadmin

Neutralidade de Carbono x Net Zero CO₂

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Em 2006, o dicionário New Oxford American Dictionary definiu “neutralidade de carbono” como a expressão do ano. Pouco mais de quinze anos depois, a expressão ficou mais popular e extrapolou o campo científico. Hoje, a neutralidade de carbono permeia discussões sobre economia, política, diplomacia e ativismo ambiental. Atingir a tal neutralidade é um ponto chave para alcançar as metas definidas no Acordo de Paris, tratado climático mundial assinado em 2015, e mitigar os efeitos causados pela mudança do clima

A neutralidade de carbono significa buscar o equilíbrio entre as emissões e a absorção de carbono por sistemas naturais, o que faz com que o saldo na atmosfera seja, literalmente, neutro. Isto significa que a atividade humana pode continuar emitindo gases de efeito estufa e, com projetos de remoção, ela tira o equivalente da atmosfera e tem um balanço neutro”. 

Em 2018, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC, estipulou que o planeta precisa alcançar a neutralidade nas emissões de dióxido de carbono até 2050 e de todos os gases de efeito estufa até 2070, considerando o cenário em que há a intenção real de enfrentar as mudanças do clima. Caso contrário, será altamente improvável que o aquecimento global seja mantido abaixo de 2°C em comparação com níveis pré-industriais, conforme estipulado pelo Acordo de Paris.

O dióxido de carbono é um gás particularmente danoso para atmosfera, sendo que atividade humana tem contribuído sobremaneira para o aumento da concentração desse gás, pois tem retornado uma quantidade atípica para atmosfera. Para entender a importância de se atingir a neutralidade de carbono, primeiro é preciso compreender por que esse é um dos maiores desafios do século. Os chamados gases de efeito estufa – GEE – são moléculas como dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, entre outros. Eles são os responsáveis por gerar o efeito estufa no planeta, o qual permite que a Terra tenha condições ideais de temperatura para a existência de vida. 

Contudo, ao longo dos últimos séculos, as atividades humanas, principalmente após a industrialização, aumentaram a emissão de gases na atmosfera, o que levou ao aquecimento global. Isso aconteceu principalmente pela queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão que liberam CO₂. Enquanto essas atividades desenfreadas impactam drasticamente o clima, as discussões políticas e econômicas atuais buscam alcançar a “descarbonização” da economia, isto é, a transição da matriz energética através da utilização de fontes de energia mais limpas e renováveis.

Por outro lado, o “net zero CO₂” é uma expressão derivada do inglês (net zero carbon) ou Emissão Líquida Zero de Dióxido de Carbono e refere-se a uma condição em que a emissão de gases do efeito estufa, particularmente o dióxido de carbono, é equilibrada pela sua remoção na atmosfera, através de métodos de captura ou “sequestro” dessa substância. O motivo do aumento contínuo da concentração de CO₂ na atmosfera deve-se ao desequilíbrio que as atividades humanas causam no ciclo do carbono, ao retornar enormes quantidades de CO₂ à atmosfera, a qual estava armazenada por centenas de milhões de anos em reservatórios geológicos na forma de carvão, petróleo ou gás natural.

O aumento da temperatura do planeta vem causando elevação do nível dos mares e oceanos tornando cada vez mais frequentes e intensos, eventos naturais/climáticos como enchentes catastróficas, incêndios devastadores, bem como tufões e furacões por todo o mundo. Florestas como a Amazônia, manguezais e ecossistemas marinhos, além de outras áreas naturais do planeta, são considerados “sumidouros” de carbono que, em outras palavras, são sistemas naturais que absorvem mais carbono do que emitem.

Seja através do conceito de neutralidade de carbono ou do net zero CO₂, fato é que a população mundial precisa conscientizar-se de que o planeta está à mercê de todas as ações humanas consideradas nocivas à natureza, e que isso provoca diversas consequências e desencadeia outros tantos efeitos colaterais altamente destrutivos ao meio ambiente. 

De acordo com a Comissão Europeia (https://commission.europa.eu/index_pt) os sistemas naturais do planeta (sumidouros), removem do ar entre 9,5 e 11 bilhões de toneladas de CO₂ a cada ano e por mais que inúmeros setores produtivos promovam diminuição de suas emissões, alguns deles não conseguirão eliminar totalmente a emissão de GEE. Por esse motivo, uma das estratégias inteligentes é investir mais e mais na restauração de ecossistemas com o objetivo de que a própria natureza atue como mecanismo para “sequestrar”, ou seja, remover esse carbono da atmosfera.

Por fim, outra maneira de aproximar o ser humano e, portanto, o planeta seja da neutralidade de carbono ou seja do net zero CO₂, é prosseguir investindo em setores de produção cuja própria atividade contribua para a proteção e preservação do meio ambiente como tecnologias de baixa emissão de carbono e as fontes alternativas e renováveis de geração de energia. 

 

Referências:

https://umsoplaneta.globo.com/clima/noticia/2021/12/29/neutralidade-de-carbono-entenda-o-que-e.ghtml

https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/o-que-e-neutralidade-carbono

https://umsoplaneta.globo.com/clima/noticia/2021/12/28/net-zero-entenda-o-que-significa-a-xpressao.ghtml

https://www.oxfordreference.com/display/10.1093/acref/9780195392883.001.0001/acref-9780195392883;jsessionid=8506F6E8F211872CBF749819006981D4

https://www.tnc.org.br/conecte-se/comunicacao/noticias/ipcc-report-climate-change/?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=ipcc&gclid=CjwKCAiA0cyfBhBREiwAAtStHN5r3QdWRvkX3ya8qOv1vVoZOOXLd6xDjT4yVcuEVhTtnFg_IJSguBoCEtAQAvD_BwE

https://commission.europa.eu/index_pt

Jaime Scussel

Diretor Executivo

 

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